Força e recuperação!

Apos uma rapida descansada no TS 45, Grafton, WV, a Dani partiu em direcao a Gormania, TS 46 em WV, uma subia e tanto, a pior de todo o percurso por volta de 20 horas. Estava escurencendo, trovejando e esfriando (por volta de 15 graus chegando a 9 graus no topo da montanha), com muita neblina e chao molhado.

A medida que foi esfriando, a equipe de apoio estava pronta para vesti-la com as roupas apropriadas. Em um momento ela pediu para desligar o som para encontrar o ritmo ideal. Em outro momento, pediu para parar e decansar: NAP TIME (apenas 15 minutos).

Em nenhum momento colocou o pé no chão para carregar a bicicleta no ombro. Foi uma subida equivalente a duas Vistas Chinesas, acrescidas de frio, neblina, pista molhada, a noite, depois de 15 horas pedalando sem parar deste o hotel em Chilicote, OH. Sem contar que estamos no 11º dia de RAAM. Haja força e recuperação!

Chegamos a 1 hora da madrugada no TS 46, Gormania, WV. A Dani pediu para descansar um pouco. A equipe se dividiu: Gigi e Crico foram para um hotel a frente para dormir melhor, na cidade Keyser, WV, já que estavam a seguindo no follow car ate então e o resto da equipe se acomodou no motorhome junto com a Dani para algumas horas de sono. A Dani so conseguiu dormir duas horas e já estava pronta para partir. Saimos as 4 horas da madruga em direção ao TS 47, La Vale, MD onde reencontramos Gigi e Crico que reassumiram o follow car e todos os outros que tinham dormido no follow car e no motorhome puderam utilizar as instalações para banho e breakfast. Até o TS 47, La Vale, MD, ela progrediu sem problemas, num downhill com paisagens fantásticas pela área mais rural da West Virginia. Amanhecemos com sol, céu azul e temperatura agradável. Foi uma descida e tanto!

Estamos todos tão conectados uns aos outros que quando a Dani está com bom humor e sem sofrimento, estamos ótimos Tb. Mas qdo ela está mal, também ficamos mal e sofremos junto com ela. E no trecho entre o TS 47 e o 48, Hancok, MD, ela sofreu. E nós sofremos juntos. Agora não era apenas uma, mas 5 subidas de 350 metros com até 8 % de inclinação, sendo a ultima pior de todas. Sofremos juntos com ela. Mas após todo este percurso, um downhill para chegar em Hancok, MD, TS 47 onde ela almoçou e descansou por 45 minutos.

Colocou o pé na estrada novamente em direção ao TS seguinte, o 49, Rouzerville, PA. Sabiamos q o pior já havia passado até Hancok. Ela fez um percurso ate o TS 49 ainda sofrido com algumas subidas leves, mas o desgaste dos TSs anteriores ainda podia ser visto. Ainda sofríamos junto com a Dani a cada pequena subida pela frente.

Surpreendentemente, ela chegou em Rouzerville com um bom humor inacreditável. Pediu para descansar 15 minutos na cadeira e ficar sozinha e quieta. Reclamava de dor no joelho e de um incomodo na virilha devido a algumas bolhas provenientes do atrito constante no selim. Após um exame físico sumario, constatei q ela se encontrava em perfeitas condições de saúde: pressão arterial 14 x 8, freqüência cardíaca 75 bpm, com ritmo cardíaco regular. Ela chegou a realmente relaxar por uns poucos minutos. Enquanto isso planejávamos o q estava por vir. A logística de carros e pessoas ate o final da prova era um pouco complicada e precisava ser ser bem pensada. Está previsto ela descansar por algum tempo no motorhome até a linha de chegada.

Seu poder de recuperação é inacreditável. Ela agora é conhecida aonde ela vai e recebe aplausos por onde passa. Isso com certeza traz uma energia muito positiva para ela e para todos nós e a ajuda a seguir adiante. É contagiante!

Estamos a caminho de Hanover, PA, TS 50. Agora faltam APENAS 200 milhas.

Abraços